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Macaé sem memorias do seu passado.

Precisam valorizar a nossa história!

Por Sergio em 13/02/2023 às 20:21:04

Lembrança só nos quadros das paredes de algumas casas.

Macaé, que privilégio, ser habitante dessa cidade. Cada dia mais encantado, com o que proporciona a sua geografia. Nascentes, cachoeiras, corredeiras e rios. Praias de águas claras e quentes. Um arquipélago, cinematográfico e para fechar, uma lagoa que nos presenteia todos os dias, com o mais lindo por do sol, da região.
Mas, Macaé infelizmente, há anos, foi picada pela mosca ante cultural, praga instalada em seus governos.
São histórias que se perdem, quando deveriam, ser contadas em suas salas de aulas. Macaé, foi e, é um importante polo de crescimento nacional. Seu passado, cai no esquecimento quando nossos pontos históricos, entregues ao tempo, se transformam, em ruínas. Levando ao pó o que deveria servir como espaços culturais. O Palácio dos Urubus teve a inauguração da obra em 21 de janeiro de 1866, contou com a presença da célebre cantora lírica italiana Augusta Candiani. O palacete recebeu visitantes ilustres como o Imperador Dom Pedro II, a Imperatriz D. Thereza Christina Maria, a Princesa D. Isabel e seu esposo o Conde d'Eu, a Baronesa de Fonseca Costa, o Conde de Yguaçu, o Barão Homem de Mello, e o Visconde de Araújo. Hoje essa referência do nosso passado, pode a qualquer momento, ser motivo de um acidente sério. Está caindo e nem assim, consegue a devida atenção.

Mas esse fenômeno ante cultural, tem-se mostrado, em todo o estado. A saudosa estação de trens, Leopoldina, RJ. Sofre do mesmo mal. Projeto do escocês Robert Prentice, inaugurada em Novembro de 1926.
Voltando para Macaé, temos muitos pontos além dos históricos para citar como abandonados. Parque da Cidade, Estádio Cláudio Moacir, Poliesportivo, Terminais rodoviários como o da Lagoa. Em uma cidade onde as bicicletas sempre foram reverenciadas, ter as ciclovias abandonadas... Foram tantos anos de maus tratos, que por melhor que venha ser um atual governo, seria muito difícil, consertar tantos remendos. Na menor chuva temos bolsões d'agua, que fazem boiar nossos carros. Vá calcular quanto nos custou cada metro quadrado dessas obras...

Esperamos por mais cultura, mais inteligência no manuseio do nosso dinheiro. Não adianta shows com durabilidade de duas horas, enquanto leva se meses para ter um exame, na rede pública de saúde. Não adianta crianças nos colégios, em salas de aula sufocantes, que não proporcionam um ambiente apropriado ao aprendizado. Nos espanta o que pagamos por obras, que não duram mais que uma gestão. Um exemplo, Estádio Cláudio Moacir. Sem falar do BRT, um símbolo eterno, de desperdício para nós, do nosso dinheiro. O que nos resta, são os valores naturais. Mesmo sabendo que estamos sentenciando a morte, o nosso Rio Macaé, com a permissão das construções dessas sucatas obsoletas, chamadas de termoelétricas.
Poderia ficar aqui, horas, falando de nossa história, riqueza e consumo da mesma. Por muitos anos, esperamos pelo crescimento da cidade. Mas o que temos, são periferias, com milhares pessoas, que migraram para cá, atrás do Eldorado, até hoje, anunciado.

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